JUDAS
Inscrições abertas até ao próximo dia 4 de um mês qualquer na 3ª divisão a que se chama cultural.
Volta-se a promover mais um concurso do “Queima do Judas”, evento que suscita muita curiosidade e que tem sido uma verdadeira atracção. Apesar de se ter perdido o carácter tradicional da coisa, pagamos para que se façam uns bonecos em vez de incrementar a sua realização nos moldes tradicionais.
No regulamento (que se pode ver abaixo) pode ler-se que «podem concorrer pessoas agrupadas por bairros, instituições ou associações do concelho».
No regulamento (que se pode ver abaixo) pode ler-se que «podem concorrer pessoas agrupadas por bairros, instituições ou associações do concelho».
Regulamento
1 – Podem concorrer pessoas agrupadas por bairros, Instituições ou
Associações do concelho, desde que devidamente identificadas e que tragam o cartão de identidade do elemento a queimar ;
2 – A concentração dos judas inscritos far-se-á no Largo do Município a partir das 15h onde estarão em exposição. Convém estarem ainda vivos para que se possa insultá-los devidamente.
O desfile inicia-se às 22h com passagem pela rua Direita até ao Terreiro do Açougue onde a queima acontece. Entre as 22 e as 00h terão de fazer uma arruada ruidosa para que todos os habitantes da localidade percebam que eles andam aí. O que fizer mais barulho ganha! Não devem ser usados carros de bois ou de burros, mas carrinhas todo-o-terreno para manter as importantes tradições. Menos de 2000 apidadelas implicam a respectiva desclassificação.
O desfile inicia-se às 22h com passagem pela rua Direita até ao Terreiro do Açougue onde a queima acontece. Entre as 22 e as 00h terão de fazer uma arruada ruidosa para que todos os habitantes da localidade percebam que eles andam aí. O que fizer mais barulho ganha! Não devem ser usados carros de bois ou de burros, mas carrinhas todo-o-terreno para manter as importantes tradições. Menos de 2000 apidadelas implicam a respectiva desclassificação.
3 – Um júri formado por um representante do Município, um representante do Ecomuseu e um professor de Trabalhos Manuais de uma das escolas da região seleccionará os 10 melhores exemplares e a que caberá o prémio de 150 €/cada. Para a constituição do júri contribuiram critérios de conhecimento de causa em construção de Judas. Isto é coisa que se faz no Município, no Ecomuseu e nas Escolas do concelho. Os mais velhos, aqueles que realmente sabem da coisa e que viveram a tradição mais de perto, quando era verdadeiramente tradição, nada têm que ver com o assunto porque não são eles que pagam os 150 euros a cada um dos 10 melhores. E os critérios de classificação também não são necessários. Na hora estabelece-se claramente o que é realmente importante.
4 – Serão desclassificados todos os exemplares que incorporem produtos poluentes. Isto de fazer Judas com coisas que ardam muito não pode ser. Materiais aceitáveis: palha bem atada com corda natural, madeira, nada de pregos, e para estourar há que lhe botar uma velas de dinamite. Nada de gasolina ou outros materiais inflamáveis. Desta forma garantimos para a noite toda uma festa de fogo. Se considerarmos verdadeiramente a noção de produtos poluentes, a queima do Judas terá que ser cancelada: ao queimar seja o que for estamos a provocar uma combustão que liberta quantidades consideráveis de dióxido e de monóxido de carbono, entre outros gases, dependendo dos combustíveis, absorvendo o necessário oxigénio da atmosfera.
Assim sendo, acabamos de cancelar a realização da queima do Judas por causa da poluição. A nossa preocupação com este aspecto é tal que temos vindo a limpar as linhas de água do concelho e a fechar os estabelecimentos industriais mais poluentes.
Tóc.Na.Tó!!!
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