Festas
Como é tradição, daquelas tradições que são porque sim, vamos no Tóc.Na.Tó comentar as grandiosas festas da capital do concelho, do país e do mundo: da nossa querida terra, terra-mãe, terra-pai, terra-tudo-e-mais-qualquer-coisinha. O programa, mais uma vez, é de fazer inveja a todo e qualquer mortal que se dê ao trabalho de organizar destas coisas. Será um exemplo permanente e cada vez mais alargado. Tão alargado que vai quase até ao Natal. Analisemos, então.
As festas começaram já no último sábado, verdadeiras festas, com o início do grandioso Torneio de Futebol de Salão, aclamado e concorrido, numa segunda edição que faz da vila uma margem sul.
No dia 29, domingo, às cinco da tarde, terão lugar de destaque as meias-finais do desporto-rei, o Campeonato de Chegas de Bois Barrosões.
Entramos no mês Agosto com uma Corrida de Cavalgaduras no Hipódromo do Rolo, pelas quatro da tarde, no dia quatro de Agosto. A tarde prolonga-se pela noite adentro com o arraial protagonizado pelo Ronconorte. À meia-noite, a sessão de fogo de artifácio fará as delícias do toural que, de papo para o ar, verá o esbourar luminoso cheio de lágrimas e fumo. A sessão termina com o ribombar de tirar o sono aos mortos e o alarido dos alarmes automóveis, abanados pelo estrondo. A noite continua nos bares e discotecas da vila.
No domingo, dia cinco, dia do Senhor Tende Piedade, as merendas devem começar ao meio-dia e meia hora para não haver atrasos. Poderão ouvir-se as bandas de Parafita e de Lousada numa desgarrada de pó-pó-pós no terreiro ao lado do santuário. Logo a seguir, apresenta-se o FC de Montalegre em jogo com o GD de Chaves, a fazer lembrar velhos tempos. Às seis, desporto-rei, no chegódromo vizinho. À noitinha, fresca com certeza, teremos à frente a Orquestra Império... e na parte de trás da praça nova desgarrada das bandas de Parafita e de Lousada... Aqui está um fenómeno inexplicável e insólito. Não é visível em nenhum outro lugar que conheça: enquanto de um lado se debitam decibéis, ao mesmo tempo, escondidinhas, como que invisíveis, bandas filarmónicas fazem as delícias de algumas pessoas que, com muito esforço lá conseguem ouvir qualquer coisa no intervais do que se passa no terreiro. À meia-noite um espectáculo Piro-Musical, protagonizado por uma qualquer empresa que leva couro e cabelo.
Na terça-feira, dia sete, um dos pontos altos na utilização do Pavilhão Poucosusos: a presença do desbocado Fernando Rocha, figura incontornável, para uma hora de asneirada. Será secundado pelo Quim Barreiros, que não devia ter nada que fazer e veio arrecadar uns cobres valentes.
E chega finalmente o Dia do Emigrante, que começa precisamente com a Feira do Prémio, às dez da manhã, e termina o dia com a final do campeonato do desporto-rei. A noite foi entregue aos Diapasão, banda de culto nestas lides que brindará os presentes com o célebre "Eu sei, eu sei, és a linda portuguesa com quem eu quero casaaar!" e os levará ao êxtase. A noite continuará com os ressurgidos Clave, a merecerem lugar de destaque, fazendo lembrar os velhos tempos.
Na sexta-feira, o arraial está nas mãos do grupo Sol Nascente, cuja primeira parte será feita por um tal Emanuel. À semelhança do que acontece no Dia do Emigrante, é dado destaque a agrupamentos de música ligeira locais, cujas actuações, a iniciarem já no dia a seguir, são preparadas por nomes que iniciam as carreiras, mas já com provas dadas e bem dadas.
Mas as festas do concelho continuam no dia doze logo pela oito da madrugada com o Concurso de Pesca Desportiva na Barragem de Sezelhe. O peixe será para o jantar.
Inédita é a inclusão do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes na festas... Atão e a festa de Solveira, e a de Gralhas, e a de Meixedo, e a de Padornelos, e a de Donões, e a de Mourilhe, e a de Santo André e a das outras? (não posso por aqui o nome das aldeias todas até porque não as sei...). Mas são festas do concelho ou não são? Qual é o interesse no Congresso moribundo? Bem, não interessa.
Um mês de Agosto, e início de Setembro, de festa como nunca se viu.
Tóc.Na.Tó!!!
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