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A mostrar mensagens de setembro, 2006

antropética

Entrou-se, ontem, na tão aguardada temporada de caça.Quando o dia nasceu, já coelhos e lebres tinham os apetrechos prontinhos para começar a descer o monte à procura das presas indefesas. É desporto, e como tal, tem de ser aceite. Dispersos, caminham lentamente, de olhos bem abertos e orelhas arrebitadas, à espera de surpreender algum espécime mais retardado à saída de qualquer toca quando o dia começa a romper. Depois, dispõem-se em locais determinados de onde possam avistar todo o movimento e atingir prontamente os mais incautos humanos.Quando o dia é já claro, começam a sair as presas. As mais madrugadoras. São surpreendidas por enormes saltos, logo ao pisarem a soleira. Atingidos por aquelas patas mortíferas, tentam ainda resistir aos ferimentos, arrastando-se novamente para o interior. Mas é tarde. O golpe mortal foi executado e resta apenas o de misericórdia. Com o decorrer da manhã, a mortandade é uma agradável visão. Coelhos e lebres são caçadores astutos e de impressionante ...

Vilar de Perdizes XX

Vinte anos!! Já está grande! Ou, talvez, não! O Congresso, assim lhe chamam, de Medicina Popular, com bruxos, videntes, bidentes, brasileiros afamados, leitores manuais e até podais, cartomantes e buziantes, leitores de ossos, bruxas, grandes, médias e pequenas, made in China, penduradas em molas saltitantes ou a abanar-se em pequenos pedestais, de gargalhadas irritantes, com olhos e mamas reluzentes ao som de palminhas, e tudo o mais que vai aparecendo, pareceu-me moribundo... Talvez os licores me tenham dado volta ao miolo, talvez o palavreado do padre (será?) Gama me tenha deixado confundido, talvez a queimada estivesse demasiado doce... mas pareceu-me moribundo. Salvem-se os deliciosos licores e o valor terapêutico das plantas, para demolhar ou não, que é o que ainda pode salvar-se... e as bases lançadas pelo Padre Fontes.Viva Vilar de Perdizes! Quanto ao resto...